O Ilustre
cabo-verdiano, Augusto Messias de Burgos, nasceu em 12 de Julho de 1868, em
Mindelo, Ilha de São Vicente, e desencarnou a 23 de Abril de 1945, na romântica
Cidade de Santos-Brasil, portanto está-se no limiar dos seus 149 anos, após a
sua encarnação.
Tão cedo emigrou para o Brasil, onde fez a sua vida futura, se casou com sua patrícia, Rita de Cássia Fortes com quem teve cinco filhos.
Tão cedo emigrou para o Brasil, onde fez a sua vida futura, se casou com sua patrícia, Rita de Cássia Fortes com quem teve cinco filhos.
Como tudo está planeado, tudo tem a sua razão de ser, conforme nos ensina a Doutrina do Racionalismo Cristão, o que concordamos pelas nossas próprias conclusões, portanto não existem acasos, nem determinismos, nem coincidências, visto que tudo é regido pelas leis naturais que são imutáveis.
Augusto Messias de Burgos, espírita, de rara sensibilidade veio encontrar-se com o Comendador Luiz José de Mattos, Luiz Alves Thomaz e Manoel João Alves, numa sessão espírita na sua modesta casa, sita na Avenida Rangel Pestana nº 79, Vila Mathias, na cidade de Santos – SP, na qual era presidente físico, está claro que cultivava a linha kardecista, enquanto Padre António Vieira era presidente Astral, tendo este ordenado a passagem do Bastão a Luiz José de Mattos, que assumiu o comando com uma certa relutância, pois que era a primeira vez que assistia a uma sessão do género. Porém, o Comendador Luiz de Mattos, codificou a Doutrina do Racionalista Cristão, com cabeça, tronco e membros, não sobrando e nem faltando nada para o esclarecimento da humanidade, separando as águas de outras correntes espíritas, incluindo a Kardecista.
Dos Kardecistas, só ficou com Luis de Mattos, Leandro Francisco Gomes que se tornou um racionalista cristão de gema, prestando-lhe grande colaboração na Doutrina do Racionalismo Cristão.
Acontece, porém, que em 1911 morria muita gente de fome nas ilhas de Cabo Verde, por causa das secas cíclicas que sistematicamente assolavam estas ilhas atlânticas.
Eis que Augusto Messias de Burgos correspondia com o seu irmão Alfredo de Burgos que o punha ao facto de tudo que se passava em Cabo Verde, com incidência nas catástrofes famintas.
Nestas circunstâncias, urgia fazer alguma coisa. Messias de Burgos, preocupado com o estado de coisas em Cabo Verde, organizou uma comissão de angariação de géneros alimentícios de primeira necessidade para enviar para Cabo Verde, a fim de debelar a fome aos seus irmãos … porém, só conseguiu arranjar uma parte que não chegava para o carregamento do barco.
Entretanto o Benemérito da Humanidade Luiz Alves Thomáz, tomando conhecimento do que se tratava, logo pôs à disposição géneros alimentícios para completar o carregamento do barco, e como tivesse muita confiança no Messias de Burgos, indicou-o para acompanhar o barco e bem assim fazer, na circunstância, a distribuição pessoal dos alimentos aos famintos, de modo a não haver desvios na sua entrega, o que cumpriu fielmente, tendo merecido por esse facto uma menção de apreço pela Câmara Municipal de São Vicente, abaixo declinado.
Sumário dos alimentos arrecadados:
Pela Comissão angariadora, no valor de Mil-Reis ...... 13.987.00
Através de Luiz
Alves Thomaz, no valor de Mil-Reis .. 47.013.00
Total do
carregamento: ........................................ 61.000.00
Eis que providencialmente, enquanto Messias de Burgos procedia à distribuição de géneros aos famintos para matar a fome do corpo físico, ia simultaneamente distribuindo pão do espírito que são os esclarecimentos sobre o Racionalismo Cristão, fazendo sessões espíritas e curando pacientes de doença psíquica.
Assim sendo, coube a esse grande cabo-verdiano o papel de protagonismo do Racionalismo Cristão em Cabo Verde. Pela vez primeira Cabo Verde recebia a Luz da Verdade, conforme dizia o saudoso Henrique Baptista Morazzo que havia sido curado psiquicamente pelo Burgos. Consequentemente as vendas e o narcótico centenares começaram a debangar dos olhos dos cabo-verdianos e daí, gradativamente o povo começou a se esclarecer sobre a vida fora da matéria. Um passo gigante para a abertura dos horizontes da espiritualidade!
A distribuição dos alimentos se fez com alto sentido de responsabilidade, pelo que Augusto Messias de Burgos foi louvado com uma menção de apreço pela Câmara Municipal de São Vicente: “Câmara Municipal de São Vicente – CV, Acta de louvor a Augusto Messias de Burgos, representante do Centro Amor e Caridade de Santos, 23-11-1911”.
Augusto Messias de Burgos foi comedido em todas as vertentes sociais, com tónica nas despesas pessoais. Durante a sua estadia em Cabo Verde, ele se hospedava em casa de seus familiares, pois que nessa época não havia Hotéis, mórmente Hotéis de Luxo.
Retornado a Santos, eis que fundou a Banda de Música Sociedade Musical União Portuguesa e foi Maestro da Banda Sociedade Musical Luso-Brasileira até 1940 e em 1936 lançou ao público o livro da sua autoria, “Música e Músicos”, sendo citado entre os maiores nomes na Galeria dos Maestros Santistas no Jornal A Tribuna, edição comemorativa do Centenário de Santos, em 26 de Janeiro de 1939. Burgos, músico e artista que era, transmitiu esta arte a todos os seus filhos e netos, enquanto sua esposa Rita de Cássia, além de outras coisas, ensinava às suas netas a se dedicarem a orações dirigidas ao Dr. Custódio José Duarte. Burgos costumava dizer que: os Conservatórios ensinam a música e que o artista nasce.
Mindelo, 12 de Julho de 2017
Eis que providencialmente, enquanto Messias de Burgos procedia à distribuição de géneros aos famintos para matar a fome do corpo físico, ia simultaneamente distribuindo pão do espírito que são os esclarecimentos sobre o Racionalismo Cristão, fazendo sessões espíritas e curando pacientes de doença psíquica.
Assim sendo, coube a esse grande cabo-verdiano o papel de protagonismo do Racionalismo Cristão em Cabo Verde. Pela vez primeira Cabo Verde recebia a Luz da Verdade, conforme dizia o saudoso Henrique Baptista Morazzo que havia sido curado psiquicamente pelo Burgos. Consequentemente as vendas e o narcótico centenares começaram a debangar dos olhos dos cabo-verdianos e daí, gradativamente o povo começou a se esclarecer sobre a vida fora da matéria. Um passo gigante para a abertura dos horizontes da espiritualidade!
A distribuição dos alimentos se fez com alto sentido de responsabilidade, pelo que Augusto Messias de Burgos foi louvado com uma menção de apreço pela Câmara Municipal de São Vicente: “Câmara Municipal de São Vicente – CV, Acta de louvor a Augusto Messias de Burgos, representante do Centro Amor e Caridade de Santos, 23-11-1911”.
Augusto Messias de Burgos foi comedido em todas as vertentes sociais, com tónica nas despesas pessoais. Durante a sua estadia em Cabo Verde, ele se hospedava em casa de seus familiares, pois que nessa época não havia Hotéis, mórmente Hotéis de Luxo.
Retornado a Santos, eis que fundou a Banda de Música Sociedade Musical União Portuguesa e foi Maestro da Banda Sociedade Musical Luso-Brasileira até 1940 e em 1936 lançou ao público o livro da sua autoria, “Música e Músicos”, sendo citado entre os maiores nomes na Galeria dos Maestros Santistas no Jornal A Tribuna, edição comemorativa do Centenário de Santos, em 26 de Janeiro de 1939. Burgos, músico e artista que era, transmitiu esta arte a todos os seus filhos e netos, enquanto sua esposa Rita de Cássia, além de outras coisas, ensinava às suas netas a se dedicarem a orações dirigidas ao Dr. Custódio José Duarte. Burgos costumava dizer que: os Conservatórios ensinam a música e que o artista nasce.
Mindelo, 12 de Julho de 2017
Duas pinceladas sobre a vida de Augusto Messias de Burgos
Por Martinho de Mello Andrade
Militante do Racionalismo Cristão da Filial da Ribeirinha — Mindelo — Cabo Verde
Conheça: Burgospedia - Comunidade Burgalesa
Fonte:
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Depoimentos das irmãs: Amarylís (86); Annyce (84) e Amyrthis (85), netas de Messias de Burgos.
Tese de doutoramento – João Vasconcelos
Tese de doutoramento – João Lopes Filho
Wilson Candeias - Blog Cabo Verde é Vida
Martinho de Mello Andrade – Militante do Racionalismo Cristão Filial da Ribeirinha